_Você é, atualmente, uma das
pessoas mais importantes da minha vida. E isso é horrível, porque você não me
conhece, nem um pouco.
_Acho que não é bem assim.
_Então, me diga: quem você pensa
que eu sou?
_Você é uma pessoa forte, que já
passou por muita coisa. Você é amiga e companheira. É aquela que tenta proteger
os outros do mundo que sabe cruel.
_Não. Eu sou um compêndio de
mentiras bonitas. Eu gostaria de ser o que você pensa de mim, mas, não sou. Sou
aproveitadora. Me aproveito do carinho que você tem por mim para destruir não
só aquilo que acredito, mas a essência mais pura e inocente de ser você. Espero
te ver ir embora para pensar em tudo o que não posso fazer com a sua amizade.
Eu tenho o impulso suicida de destruir coisas bonitas. Eu só penso em destruir
tudo. O teu corpo, a tua mente e te fazer tão vil e imunda quanto eu me tornei.
E é este o inferno que eu vivo. Eu te amo tanto quanto te odeio e eu tento
regular o ódio que me faz querer te transformar em minha igual. É imundo ser
quem eu sou e é por isso que eu te empurro para longe de mim, a cada vez que a
nossa conexão acaba se tornando forte demais.
_...
_Mas, eu me viciei. Me viciei em
você e é cada vez mais difícil te empurrar pra longe. Você pulsa em minha
mente, coração e no pecado escondido entre as minhas coxas. Tento afastar
desejo e amor e te fazer partir, mas, não consigo. Dependência física e
psicológica. Tento me equilibrar na corda bamba da minha sanidade, mas é difícil
demais. Então, sonho com os teus olhos e acordo afogada em luxúria. Me embriago
em pornografia. E choro sem lágrimas, porque já é tarde. E, eu sei que já é
tarde demais para não te magoar.
_Eu te amo. Não vou embora, só
porque você acha que é o melhor para mim.
_É o que eu disse: já é tarde
demais.
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