Monday, July 25, 2011

Playing Your Song




Olhos de amêndoa e sorriso de mentex. Tudo em você me dá vontade de te devorar; de te fazer morar na ponta da língua.

A saga do meu destino repousava na descoberta do gosto de cereja da tua inocência. E, sim, era uma inocência pecaminosa, mas, o que nesse mundo é santo, ainda se torna profano. E os comuns se equilibram na corda bamba da linha invisível que separa o bem e o mal.

Mas, o que há em tua essência que me empurra para ti num impulso inevitável, como um suicida que se atrai pela queda ao olhar pela janela do décimo quinto andar?

Entenda que não acredito em contos de fada ou na paixão virulenta que destrói seu hospedeiro. Há algo além do amor-doença e do príncipe no cavalo branco, mesmo, porque, ninguém se refere ao cheiro de fezes animal que acompanha a realeza com seu hálito de flores. Até as flores apodrecem, mas ninguém se refere à podridão de uma história que termina com o “e foram felizes para sempre”.

Mas, eu me lembro de te ver sorrindo e o mundo se acalma. Tudo deixa de ser tão cruel e eu vejo unicórnios e arco-íris.

O que quero que você entenda é que eu não penso num fim, feliz ou não, porque acredito em ponto e vírgulas que anunciam um recomeço. Não quero te fazer se apaixonar para repousar no confortável colchão de mola da comodidade, então, aceito o desafio dos inícios; da nova vida; da aceitação da inexistência de um nós e da luta para revitalizar a sintonia de dois “eus”.

Então, te abrigo nos meus sonhos e te esquento em meu abraço. Te ofereço o meu corpo para a sua morada e aceito o teu afeto como um presente embrulhado no celofane da tua pele; no cetim dos teus cabelos.

E espero que nunca exista tristeza ou mágoa transferida por osmose de você para mim e vice-versa. E, por tudo o que te digo nessas linhas ordinárias, te escrevo uma canção: para imortalizar a história de dois humanos nos dedos calejados de outra geração, que será embalada pela sua música; por toda essa sanidade descrita no que existe e no que invento da loucura de eu e você.

Monday, July 4, 2011

Garranchos de uma aula sem fim.


Tédio! Morte mental: Sequela.

Eu não me agüento mais. Tristeza passageira. Morte que desiste de matar. A boca aberta, o sono aflorado. A noite se torna pesadelo, nessa sala de aula. Palavras de sonífero, caderno de ópio, lápis de refúgio. Eu ainda tenho a minha mente para negar essas palavras. Em mim, eu nado no silêncio.

No fundo do meu “eu”, ainda encontro esperança, glória...

...felicidade.


(encontrado num caderno de 2009. escrito durante uma aula de OEB, na UFF)