Pois, Zé, você não sabe da maior:
O mundo tá ficando são
E eu que não sabia das tragédias
Tão bonitas, que explodem na televisão
Pensei que não.
Pois, Zé, você não sabe da maior:
A embrulharam em papel de pão
E todos, juntos, deliravam pela moça
Ao dedilhar de um violão.
Pois, Zé, é que é triste ser sempre feliz
E eu me divirto assistindo os erros
Das linhas tortas
De um tal de...
Zé, que tal a vida, assim, como ela é?
Tanta desgraça pra aplaudir de pé
E você sorrindo
Rindo de nós.
Pois, Zé, você não sabe da maior:
Tô me afogando nesse copo d’água
E eu prometi calçar a minha estrada
Com coisas lindas,
Não, com pedrinhas de solidão.
(L,J entre 2006 e 2007)
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