Monday, February 7, 2011

Conversa de Bar


_ Você sempre disse que a egoísta era eu.
_ E era, pelo menos, pra mim.
_ Mas, você não disse que, agora, entende e, de certa forma, pensa igual?
_ Uma coisa não exclui a outra. Eu te entendia egoísta porque eu pensava não pensar só em mim quando, na verdade, me isolava em sensações instantâneas. O meu “sentir” regia o mundo, mesmo sem saber se o que eu “sentia” era verdade.
_ Então você não sentiu?
_ Não naquela proporção avassaladora. E só pude perceber isso, por esses dias.
_ E, como foi isso?
_ Estou me redescobrindo; Procurando verdades por trás dessas máscaras com teia de aranha. Na busca do que sou, percebi que só posso me descobrir, enquanto me amo. E esse auto-amor é o mais difícil.
_ Os espelhos estão em toda parte.
_ Sim, e os defeitos na nossa imagem são os que mais incomodam. Foi aí que percebi. E o meu respeito por você cresceu de uma forma absurda.
_ E, o quê você percebeu?
_ Que você não estava brincando comigo, como eu pensava. Estava vivendo, fazendo o que te fazia feliz e pensando em quem, em toda e qualquer circunstância, deve ser sua prioridade.
_ Você sempre sentiu demais.
_ Não. Eu inventava coisas pra me distrair do que importa; Das minhas metas; Do meu caminho.
_ E, agora?
_ Agora é simples: Me amar primeiro, manter os olhos no alvo...
_ E seguir em frente.
_ Não disse que entendi?


Um brinde a você.

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